sábado, 26 de janeiro de 2013

Uruguai - Copa 2010

 
Caros leitores, estou começando a série dos times que vão jogar a Copa das Confederações 2013 da FIFA, evento teste para a Copa de 2014 no Brasil. O Uruguai foi escolhido como representante da América do Sul, como campeão da Copa América (2011) realizada na Argentina, onde o Brasil foi eliminado pelo Paraguai nos penaltis, errando as cinco cobranças. A "celeste olímpica" (bicampeã de futebol nas Olimpíadas de Paris 1924 e Amsterdã 1928) vai se juntar a Espanha, atual campeã mundial e da Eurocopa 2012, Taiti, representante da Oceania, mais o campeão africano (Copa Africana de Nações 2013). O grupo do Brasil, classificado por ser a próxima sede do Mundial, vai ter a Itália (vicecampeã da Euro 2012), México (Concacaf) e o Japão pela Ásia. A arte do Uruguai é baseada nas cores do uniforme home 2010 da Puma, com algumas estilizações, sendo meu primeiro desenho desta fase do blog, feito ainda no software FreeHand 11 (aprendi muito com meu amigo Gerson Mora). Meu time é bastante ofensivo, escalado com tres atacantes, com Forlán - melhor jogador do Mundial da África do Sul - Loco Abreu (ex-Botafogo/RJ) que protagonizou uma cavadinha no último penalti das quartas-de-final contra Gana. Vale lembrar que o Uruguai ressurgiu como força na Copa de 2010 com algumas coincidências: foi derrotada pela Holanda (Grupo C em 1974), terminando em 4º lugar, mesma posição da Copa de 1970 onde também perdeu para a Alemanha (Ocidental). E não pára por aí: o Uruguai (campeão em 1930/1950) foi uma grande potência do futebol até o Mundial do México'70, perdendo a chance de disputar o tricampeonato, justamente para o Brasil (bicampeão em 1958/1962) que venceu a Itália (bicampeã em 1934/1938) ficando definitamente com a Taça Jules Rimet, até ser roubada em 1983. A Gulliver lançou em 2006, na série "FIFA World Cup Germany 2006", um botão azul celeste da Argentina que combina com os escudos do Uruguai. Quando comprei este botão, pensei em decorar com escudos da seleção uruguaia que ficou de fora da série da Gulliver. Esses times de seleções vem com adesivos da bandeira do país, o que acho, particularmente, muito chato para os botonistas, pois lembro bem dos emocionantes Gulliver anos 80 com os escudos das seleções.

Botões azul celeste (Argentina) da Gulliver: cores peroladas para as seleções
Cartela da coleção de Futebol de Botão da Gulliver "Germany 2006"

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O botão branco do Fluminense

 
Botões da Estrela: mais leves e rápidos
O Brasileirão de 2012 consagrou mais um time como tetracampeão, desta vez o tricolor das Laranjeiras, o Fluminense Footboll Club de torcedores ilustres como Chico Buarque, Jô Soares e o jornalista/dramaturgo Nelson Rodrigues. Título somente possível depois que a CBF em 2010 passou a reconhecer os campeonatos nacionais anteriores à 1971 (ano do primeiro Campeonato Brasileiro vencido pelo Atlético/MG), deste modo, o título de 1970 da Taça de Prata foi somado ao tricampeonato do Flu – 1984/2010/2012. Como havia comentado no post anterior (“O meu time do Corinthians era VERDE”) o Fluminense do meia Rivellino chamado de “máquina tricolor”, chegou perto da final do Brasileiro em 1976, eliminado na semifinal contra o Corinthians, na chamada “invasão do Maracanã”, com um público inimaginável nos dias atuais, cerca de 146 mil pessoas. Na outra semi o Internacional/RS venceria o Atlético/MG, numa disputa marcada pelo gol espetacular de Falcão, depois da tabelinha de cabeça e chute de bate-pronto na entrada da área. Naquele ano, o sensacional time do Internacional seria o segundo bicampeão nacional, vencendo o Corinthians que estava na fila de títulos. Assisti aos dois jogos na casa de meus primos mais velhos: o da semifinal no Maracanã e o segundo jogo da final no Beira-Rio, minha primeira lembrança dos grandes jogos que vi na tv colorida, com uma grande cobertura da mídia. A expectativa era enorme, pois as notícias vinham principalmente pelo jornal, rádio e tv. Jornais como A Gazeta Esportiva, Jornal da Tarde e a revista Placar eram verdadeiros arquivos de resultados, escalação, fotos de jogadores e escudinhos para os times de futebol de botão. Naquele tempo, esperava-se anciosamente o jornal sair na banca com notícias “quentes” do dia anterior (fato normal no jornalismo até o surgimento da internet na década de 90). As transmissões de futebol ao vivo na tv eram raras, muitas vezes, assistia somente o vt dos jogos na TV Cultura (canal 2) no domingo à noite, narrados por José Carlos Cicarelli e Luiz Noriega (morto em dez/2012). Ou então, acompanhava os resultados dos jogos com a “Loteria Esportiva” divulgada pela zebrinha do programa Fantástico. Enfim, os anos 1970 marcaram o fim da “época de ouro” do futebol brasileiro, sem internet, celular ou qualquer dispositivo do tipo personal computer para acompanhar as notícias do futebol e os jogos da rodada.

“Eu vos digo que o melhor time é o Fluminense. E podem me dizer que os fatos provam o contrário, que eu vos respondo: pior para os fatos.” (Nelson Rodrigues)

E o Galvão gritou de novo: “olha o gol, olha o gol!”

O primeiro título brasileiro veio em 1984 contra o rival Vasco, com gol do paraguaio Romerito no primeiro jogo e empate em 0 a 0 no segundo. Em 2008 em grandes jogos, o tricolor das Laranjeiras venceu o Boca Juniors por 3 a 1 pela semifinal da Libertadores, no Maracanâ, que foi palco da final perdida para a LDU do Equador. Em 2010 sagrou-se campeão brasileiro vencendo o Guarani por 1 a 0, no Engenhão. Já em 2012, o Fluminense foi tetracampeão brasileiro com duas rodadas de antecedência, simplesmente em cima do Palmeiras, rebaixado para Série B. O principal narrador da Globo que ultimamente só fazia jogos da Seleção Brasileira, depois das Olimpíadas de Londres 2012, voltou a fazer jogos do Brasileirão, do Palmeiras ameaçado pelo rebaixamento e do Fluminense candidato ao título. E ele usou sua atual marca das narrações: “olho o gol, olho o gol”, justamente contra o Verdão (que sacanagem!), além de um discreto “é tetra” no final da partida. Nos últimos anos o Fluzão voltou a usar o uniforme home tricolor (listrado nas cores verde, grená e branco) com design muito semelhante ao da dédada de 70, e a camisa branca que seria o segundo uniforme, vem sendo pouco utilizada. Já foi usado o grená como 3º uniforme, mas o branco é mesmo um uniforme reserva. Os times de botão da marca Estrela, modelo “panelinha”, reinavam nos anos 1970, com as famosas “carinhas” dos jogadores (que pouco trocavam de clubes) e os escudos retrô, cujo botão branco do Flu eu tenho na minha coleção. Os botões para o Fluminense da marca Gulliver, em geral, são verdes, tanto os de plástico como os de acrílico. Os da marca Canindé, com o slogan “o único em acrílico” eram transparentes. Para o Vasco e o Botafogo, a Estrela e a Gulliver usavam o preto e para o Flamengo, o vermelho. Não lembro de ver outras marcas que usassem o branco como cor principal para o Fluminense e, sendo este um original, é uma raridade. Um verdadeiro “álbum branco dos Beatles”.


Botões do Fluminense da marca Estrela: brancos com escudo retrô (1979)