terça-feira, 30 de abril de 2013

Espanha Copa 2006, o retorno da fúria

Futebol de botão da Gulliver "Germany 2006" com pintura perolada 

A ESPANHA entra na briga pelo título da Copa das Confederações da FIFA-2013, vaga conquistada por ser a atual campeã mundial (2010). A forte equipe espanhola também conhecida por fúria, manteve grande parte do elenco bicampeão da Eurocopa (2008/2012) para chegar como favorita ao torneio que começa em 15 de junho na Arena Brasília, com o jogo Brasil x Japão. A estréia da seleção espanhola é contra o Uruguai, em 16 de junho, na novíssima Arena Pernambuco, no grupo B que ainda tem as seleções da Nigéria e do Taiti. Em 2009, na última Copa das Confederações, a Espanha perdeu a semi-final para os Estados Unidos, frustando a expectativa de uma grande final contra o Brasil. No entanto, carimbou o favoritismo na Copa de 2010, na África do Sul, derrotando a Holanda, eterna vicecampeã, não só pelo conjunto do time que jogava com muita posse de bola, mas por jogadores como Puyol, Piqué, Xavi, Iniesta, Fàbregas e Villa (maior artilheiro com 53 gols). É a primeira colocada no ranking da FIFA, performance da atual "geração de ouro" espanhola, iniciada na Copa de 2006, na Alemanha, onde foi eliminada pela França nas oitavas.

O estilo de jogo da Espanha é agressivo desde o momento em que o adversário começa jogar, daí a forte marcação do meio-campo pra frente para tomar a posse de bola e conseguir chegar ao último passe, depois de um "insuportável" toque de bola. A fúria não "rifa" nenhuma bola, não dá chutão pra frente, ao contrário, os zagueiros saem pra jogar com qualidade, os alas não fazem chuveirinho na área e os atacantes recebem a bola na cara do gol. É a seleção a ser batida no futebol mundial, que tem como base o Real Madrid e o Barcelona. Aliás, vendo a Espanha jogar, parece um Barça sem o argentino Messi. Na Copa-14, nem mesmo o Brasil jogando em casa, nem a Itália "mordida" com os 4 a 0 na final da Euro-12, nem a Argentina do Papa, do melhor do mundo e de la mano de Dios, podem parar a Espanha. Talvez os alemães? Especialistas em desconstruir esquemas táticos de grandes seleções como a Hungria de Puskas (1954), a Holanda de Cruyff (1974) e a Argentina de Maradona (1990), a Alemanha com seu futebol pragmático pode anular a bola dos espanhóis. Só não conseguiu evitar o penta do Brasil em 2002 com dois gols de Ronaldo "fenômeno" na conquista da quinta estrela.

Em Mundiais, o penúltimo confronto entre Brasil e Espanha foi na Copa de 1978, na Argentina, fase de grupos. Um típico zero à zero de futebol truncado, sem brilho, capaz de arrancar nachos de grama do estádio de Mar del Plata. Além disso, o quê lembro da partida (assisti na casa de um amigo de ginásio) foi o lance de gol dos espanhóis salvo por Amaral (ex-beck do Guarani-SP) debaixo do gol de Leão. Outro jogo importante foi na Copa de 1962, no Chile, na campanha do bicampeonato com vitória por 2 a 1, gols de Amarildo (substituto de Pelé). Meu time de botão da Espanha é um Gulliver da série "FIFA World Cup Germany-2006", de plástico vermelho perolado, com adesivos das bandeiras dos países. O goleiro original foi substituído por caixa de fósforos (tipo grande), mais ágeis para defender a bolinha. Como o brasão das armas da bandeira da Espanha é muito semelhante ao escudo da seleção, mantive o botão todo original da Gulliver. Único ponto negativo dos modelos atuais da Gulliver é a bolinha, em formato de disco, que ao tocá-la fica em pé rodando, dificultando o domínio das jogadas. Nos jogos antigos da marca, a bolinha não fazia curvas, pois o disco não tinha angulação nas laterais. Neste exemplar, só falta mesmo colocar a numeração dos jogadores que ficaria bem legal, se fosse decalcável como nas antigas cartelas de Letraset, algo inimaginável na época que comecei minha coleção, pois fazíamos os números à partir de folhinhas de calendário. Hoje em dia, desenho os escudos no Illustrator, escolho a fonte das letras, quase sempre réplicas das famosas marcas de material esportivo e imprimo a arte rapidamente.

Cartela de placa de isopor para acondicionar os botões da Espanha (Gulliver),
com goleiro feito de caixa de fósforos.

sábado, 13 de abril de 2013

México - "figurinha repetida" das Copas


O México disputa as eliminatórias para a Copa do Mundo pela CONCACAF (América do Norte, Central e Caribe) e está no hexagonal-final com Panamá, Costa Rica, Estados Unidos, Honduras e Jamaica. Para a Copa-2014 classificam-se três seleções diretamente, mais uma vaga na repescagem. A seleção mexicana é a atual campeã da Copa Ouro (2011) e vai jogar a Copa das Confederações da FIFA-2013, evento teste para seis novos estádios no Brasil: Fonte Nova, Maracanã, Mineirão, Brasília, Castelão e Arena Pernambuco. Sua maior conquista está ligada ao Torneio Olímpico de Futebol, onde conseguiu a medalha de ouro em Londres-2012, derrotando a seleção brasileira que já acumula três pratas em Olimpíadas. O México foi campeão da Copa das Confederações da FIFA-1999 e possui seis títulos da Copa Ouro da CONCACAF. Participa da Copa América desde 1993 com dois vicecampeonatos (1993/2001).
É o quinto país em Copas do Mundo com 14 participações, incluindo uma como país convidado (1930) e duas como país-sede (1970/1986), superando a vicecampeã Suécia e o bicampeão Uruguai ambas com 12, assim como os campeões Espanha, França e Inglaterra, todos com 13 mundias (veja gráfico). Mesmo se classificando para a Copa do Mundo-2014 no Brasil, não mudará sua posição no ranking de participações, pois na quarta colocação está a Argentina. Com o Brasil já classificado (recordista com 20 Copas) a Argentina bicampeã mundial com 15 Copas, deve ficar com uma das quatro vagas das Eliminatórias Sulamericanas, restando ainda a 5ª vaga na repescagem com a Oceania, como aconteceu na Copa de 1994. Nas estatísticas, o México só perde o quinto lugar se não passar nas eliminatórias e as seleções da França, Espanha ou Inglaterra se classificarem pelas vagas da Europa. Sempre uma "quase" força nas Copas do Mundo, a melhor colocação do México foi o 6º lugar por duas vezes, exatamente, quando foi país-sede nos mundias de 1970 (Itália 4 x 1 México) e 1986 (Alemanha Ocidental 0 x 0 México; penaltis 4 x 1). No entanto, também possui a pior colocação da história das Copas, quando foi último lugar por três vezes em 1930/1958/1978. O México é a única seleção não-finalista (nunca passou das quartas-de-final) entre os “top 10 das Copas” que reúne as oito equipes campeãs, talvez pela hegemonia da seleção na CONCACAF, seguido pelos Estados Unidos com nove participações em mundias.
A cartela dos escudos de futebol de botão que desenhei foi baseada no uniforme home da Adidas, com detalhe das três listras das mangas em vermelho, usado pelo México na Copa de 2010, como também aparece no 2º uniforme black. Não fiz a escalação dos aztecas que jogam basicamente no esquema 4-4-2, com velocidade e força na marcação. Fica o destaque para o número 14 usado por "Chicharrito" Hernandez, craque do Manchester United e 10 para o brasileiro Giovani dos Santos. No botão, ficaria bem competitivo se adesivado nos times da Gulliver ou nas lendárias "lentes de relógio", leves e que encobrem facilmente o goleiro.